atravesso a serra
mais uma vez
bruma, água, sol, gelo
música
hoje não me apetecem suavidades
em combate pelas minhas verdades
cada sentido desperto
animal encoberto
sai à rua
raiva nua
desço a serra
baixo a música
desligo a guerra
sinto sempre...
Tanto..
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Fuga
E se eu fugir
E se eu seguir
Esta aragem
E iniciar a viagem…
Quem me dera partir sem destino
Dar asas ao desatino
Fazer o que me dá na gana
Não me preocupar com ninguém
Ser eu e ir mais além…
E se eu seguir
Esta aragem
E iniciar a viagem…
Quem me dera partir sem destino
Dar asas ao desatino
Fazer o que me dá na gana
Não me preocupar com ninguém
Ser eu e ir mais além…
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Desencontro
Vidas assim
desencontradas
em que
nunca
nada
parece certo
e se hoje
parece que sim
e o coração
está aberto
o amanhã
diz que não
e tudo parece incerto…
desencontro-me
em cada esquina
perco-me de vista
em cada colina
o longe perto
longe o certo
raios levem
a bolina!
desencontradas
em que
nunca
nada
parece certo
e se hoje
parece que sim
e o coração
está aberto
o amanhã
diz que não
e tudo parece incerto…
desencontro-me
em cada esquina
perco-me de vista
em cada colina
o longe perto
longe o certo
raios levem
a bolina!
domingo, 23 de novembro de 2008
Rio
assim
ao fim do dia
chega-me esta nostalgia
esta incompletude
vem com o frio
como que a dizer
que o calor do sol
não chegou à alma
e que sob a calma...
o meu rio corre
para longe
profundo...
Nele me afundo.
ao fim do dia
chega-me esta nostalgia
esta incompletude
vem com o frio
como que a dizer
que o calor do sol
não chegou à alma
e que sob a calma...
o meu rio corre
para longe
profundo...
Nele me afundo.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Alforria
Não gosto de imposições
Nem de teorias
Nem de bajulações
Não gosto de prisões
Nem de gaiolas
Nem de grandes salões
Nem de grandes figurões
Não gosto de filosofias
Nem de certezas
Nem de realezas
Não tenho fobias
Gosto de rir com gosto
Do sol no rosto
da praia marinha quando
é Agosto
Da lua na rua
Do quente do lar
de te sentir meu par
quando a palavra é nua
Gosto dos meus botões
quando rimam com as minhas solidões
E gosto do meu quintal
coisa só minha
feudo meu ser
onde sou rainha...
(publicado aqui pela segunda vez... Apeteceu-me)
Nem de teorias
Nem de bajulações
Não gosto de prisões
Nem de gaiolas
Nem de grandes salões
Nem de grandes figurões
Não gosto de filosofias
Nem de certezas
Nem de realezas
Não tenho fobias
Gosto de rir com gosto
Do sol no rosto
da praia marinha quando
é Agosto
Da lua na rua
Do quente do lar
de te sentir meu par
quando a palavra é nua
Gosto dos meus botões
quando rimam com as minhas solidões
E gosto do meu quintal
coisa só minha
feudo meu ser
onde sou rainha...
(publicado aqui pela segunda vez... Apeteceu-me)
domingo, 16 de novembro de 2008
Rotina
sobe por mim a palavra
impõe-se
mistura-se com o travo a laranja
empurra o gesto quotidiano
despido, repetido e vão
pede além
e eu...
imersa na confusão
sou horário, tarefa, obrigação
esqueço essência, sonho e ilusão
amanhã... talvez
impõe-se
mistura-se com o travo a laranja
empurra o gesto quotidiano
despido, repetido e vão
pede além
e eu...
imersa na confusão
sou horário, tarefa, obrigação
esqueço essência, sonho e ilusão
amanhã... talvez
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Pena
Se esta pena fosse leve
soprava-a para longe
mas a brisa não passa
e ela aqui a pairar-me
a tornar-me a dita breve
Por mais que lhe faça sinais
sente-se em casa aqui
assentou arraiais...
soprava-a para longe
mas a brisa não passa
e ela aqui a pairar-me
a tornar-me a dita breve
Por mais que lhe faça sinais
sente-se em casa aqui
assentou arraiais...
domingo, 9 de novembro de 2008
Devaneio
na minha fortaleza de silêncio
paz e recolhimento
ouço os
devaneios do pensamento...
transporto-me
para onde fui feliz
para tudo o que fiz
para onde chorei
para tudo o que dei
para o que recebi
o sol incide em tudo o que vejo
nalgum ponto estou eu
no quebra-cabeças da vida
incerta do que almejo...
paz e recolhimento
ouço os
devaneios do pensamento...
transporto-me
para onde fui feliz
para tudo o que fiz
para onde chorei
para tudo o que dei
para o que recebi
o sol incide em tudo o que vejo
nalgum ponto estou eu
no quebra-cabeças da vida
incerta do que almejo...
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Amores Perfeitos
inspiro a noite serena
imagino-me em múltiplos lugares...
voar na imensidão
sem adeus ou prisão
beber a água mais pura
esconjurar a vida dura
e amar
sem definição
sem dor,aperto ou conjura
amar perfeição
ah! Os amores perfeitos que ornam os jardins...
imagino-me em múltiplos lugares...
voar na imensidão
sem adeus ou prisão
beber a água mais pura
esconjurar a vida dura
e amar
sem definição
sem dor,aperto ou conjura
amar perfeição
ah! Os amores perfeitos que ornam os jardins...
domingo, 2 de novembro de 2008
Paragem
Vai parar e eu vou entrar
Sem conhecer o destino
quero embarcar
o mapa na ponta dos olhos
a rota traçada no peito
o leme de qualquer jeito
Cheira a lume na noite fria
árvores que se espalham no ar
é nesta embarcagem que vou
da vida que aqui parou
do cheiro que me chegou
das estrelas que os meus olhos contam
do sabor amargo que sou...
Sem conhecer o destino
quero embarcar
o mapa na ponta dos olhos
a rota traçada no peito
o leme de qualquer jeito
Cheira a lume na noite fria
árvores que se espalham no ar
é nesta embarcagem que vou
da vida que aqui parou
do cheiro que me chegou
das estrelas que os meus olhos contam
do sabor amargo que sou...
Passagem
segue a vida devagar
vejo-a passar quieta
e deixo a porta aberta
ao que me quer ensinar
vejo passar gente...
gente que entra e sai
gente que se detém
sou passagem e paragem
sou gente que me passou
sou gente que me ficou
sou aquela que riu e chorou
sou confluência, entroncamento
sou regozijo e lamento
sou sílaba que se quer soltar
mágoa oculta que me quer atar
carrego a minha bagagem
e vejo a vida passar...
quem sabe se vai parar...
vejo-a passar quieta
e deixo a porta aberta
ao que me quer ensinar
vejo passar gente...
gente que entra e sai
gente que se detém
sou passagem e paragem
sou gente que me passou
sou gente que me ficou
sou aquela que riu e chorou
sou confluência, entroncamento
sou regozijo e lamento
sou sílaba que se quer soltar
mágoa oculta que me quer atar
carrego a minha bagagem
e vejo a vida passar...
quem sabe se vai parar...
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