domingo, 28 de junho de 2009

marchas




Ao longe ouve-se a música
toa na noite molhada
danças coloridas
na avenida engalanada


Fechei as janelas...
Fechei a torrente das palavras
Fechei-as aqui dentro
hoje não as quero ouvir
hoje não as quero dizer


Marcha o silêncio em mim
em arcos ornados de cetim
baila alegre em rodas mudas
e no meio das palmas surdas
curvo-me e agradeço...





Reportagem


Cá estou, peço desculpas pelo atraso!! Com uma imagem e para contar como correu o Chá de Letras... Correu bem, confirmou-se que não tenho grande jeito para declamar... Mas colocar a assistência a declamar foi uma boa estratégia!!!
Foi um bom serão na companhia de família, amigos e gente amiga de poesia.
Agradeço aqui à Directora da Biblioteca Municipal de Porto de Mós Dra Margarida Vieira e a todas as funcionárias pelo carinho com que prepararam tudo e também a todas as pessoas que me lêem aqui e que me incentivaram!
Tenham um grande domingo, merecem!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Amanhã - Chá de Letras

Amanhã pelas 21h 30 estarei na Biblioteca Municipal de Porto de Mós a declamar a minha poesia... Convido-os a ir, mas não vos posso garantir um bom serão. Nunca declamei o que escrevo, não sei se terei algum jeito para a coisa, tive pouquíssimo tempo para me preparar...
Enfim... Lá estarei mais as minhas palavras.

olho

escolho
o verbo

encolho
o adjectivo

demolho
a estílistica

sou toda
no teu olho.

domingo, 21 de junho de 2009

Coisas do Demo...

Nunca pensei que os demónios suscitassem tanta curiosidade!!! Aqui há uns 15 dias coloquei aqui um poema intitulado Demónios. Quando vou ao meu contador de visitas e este mostra quem me visitou, há sempre algumas visitas por dia, oriundas do google e que introduzem no motor de busca a palavra demónios no plural...
Esta coisa tem-me intrigado! Ou as pessoas andam possuídas pelos ditos e andam à procura de mezinha ou, tendo umas vidas um bocado chatas, andam à procura de sarna para se coçarem.... Foram as hipóteses que me vieram à cabeça... E vocês? O que acham?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

noite

na noite o frescor que cheira a mar
arrepia as palavras mornas do dia

as pessoas que as habitaram
no silêncio se esvaíram...

e agora sou só eu
a regar as pétalas
dum jardim que não sei...

sábado, 13 de junho de 2009

impossíveis


depois do sol claro e quente
o nevoeiro opaco e húmido

e o mar antes límpido
ficou turvo

e eu
deixei as trevas
ganharem-me
e na humidade
me enrosquei

a germinar
impossíveis.

domingo, 7 de junho de 2009

pequena

aí me abrigo
e me sinto pequena
aconchegada

como se a medida
fosse a exacta
de mim.