hora a hora
dia a dia
mês a mês
chegámos aqui
ao momento dos momentos
ao limiar dos pensamentos
ao silêncio do que se fez
à ausência do que não se teve
partida amanhã
desejo renovado
destino?
ser quem eu quis...
sentir
feliz
de que ris?
Não me contento com pouco.
És tu o louco.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Hoje
hoje
todas as dádivas em mim
todos os natais
todas as páscoas
reunidos
todos os laços
que fiz
e desfiz...
todas as dádivas em mim
todos os natais
todas as páscoas
reunidos
todos os laços
que fiz
e desfiz...
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Manhã
a aurora pinta o dia
e ele surge rosado,
como que envergonhado
por acordar assim
despenteado
e puro
e eu
na minha cama de estrelas
deixo que a sua luz
me invada
e me alente
o renascer
de tudo o que sente...
e ele surge rosado,
como que envergonhado
por acordar assim
despenteado
e puro
e eu
na minha cama de estrelas
deixo que a sua luz
me invada
e me alente
o renascer
de tudo o que sente...
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Beco
Hoje quero fugir
para um canto escuro
dentro de mim
no beco mais recôndito
na ruela mais sem fim
no esconderijo mais puro
e que ninguém me procure
que eu não me quero encontrar...
fecharei os olhos
serei apenas ente
na maré que vai vem
neste meu beco que sente....
para um canto escuro
dentro de mim
no beco mais recôndito
na ruela mais sem fim
no esconderijo mais puro
e que ninguém me procure
que eu não me quero encontrar...
fecharei os olhos
serei apenas ente
na maré que vai vem
neste meu beco que sente....
sábado, 13 de dezembro de 2008
Abraço
escorre dos dias
esse resíduo
que cheira a vida
e que me impregna
a pele
traço a traço
na boca um leve sorriso
nos olhos
a imagem fugidia
dum abraço.
esse resíduo
que cheira a vida
e que me impregna
a pele
traço a traço
na boca um leve sorriso
nos olhos
a imagem fugidia
dum abraço.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Maresia
palavra a palavra
riso a riso
desafio a desafio
dia a dia
no olhar
sigo o rio
sou maresia
sou melodia
sou desvario
sou ave
de penas apenas
sou mulher
sei chorar
sei rir
sei amar
sei perder e ganhar
gosto de ser.
riso a riso
desafio a desafio
dia a dia
no olhar
sigo o rio
sou maresia
sou melodia
sou desvario
sou ave
de penas apenas
sou mulher
sei chorar
sei rir
sei amar
sei perder e ganhar
gosto de ser.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Inteira
é a chuva
é o nevoeiro baixo
é esta humidade
é este eu
é este sentir
escorro nesta tristeza
derrapo na realidade
é viver neste mundo insano
não querendo nada pela metade!
é o nevoeiro baixo
é esta humidade
é este eu
é este sentir
escorro nesta tristeza
derrapo na realidade
é viver neste mundo insano
não querendo nada pela metade!
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Mais...
Hoje queria mais...
queria o sol a morder-me a alma
queria a roupa a pesar-me pouco
o corpo leve, liberto
o cheiro a maresia matinal
o amor como certo
queria-me só sentidos
em teus braços perdidos
Queria muito... afinal!
queria o sol a morder-me a alma
queria a roupa a pesar-me pouco
o corpo leve, liberto
o cheiro a maresia matinal
o amor como certo
queria-me só sentidos
em teus braços perdidos
Queria muito... afinal!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Noite
É noite. Mais uma noite como eu gosto. Muito fria, muito chuvosa e eu a ler, na minha cama de estrelas, aconchegada. Olhos nas letras, olhos lá fora, na chuva, na escuridão.Há pedaços de paraíso que às vezes desabam na terra e que nos envolvem como um casulo, onde nada nos pode atingir, desligados de todo o mal, de toda a dor. Paz, serenidade e o sentimento de corrente invisível a tornar-nos um elo duma harmonia maior, o sentimento de estarmos onde pertencemos, onde sempre quisemos estar.
O meu lugar, as minhas estrelas...No meu livro viajo pelo cemitério dos livros, o local em que os livros têm alma, da alma dos livros para a minha, da minha para a tua, da tua para a de tanta gente e todas são minhas, em todas bebo a vida.
e sou gota de água que escorre
e sou raio que atravessa os céus
pedra de gelo que sobressalta
e sou a mão que escreve
sou aquela a quem pouco falta
apenas os olhos teus
a descansar nos meus...
O meu lugar, as minhas estrelas...No meu livro viajo pelo cemitério dos livros, o local em que os livros têm alma, da alma dos livros para a minha, da minha para a tua, da tua para a de tanta gente e todas são minhas, em todas bebo a vida.
e sou gota de água que escorre
e sou raio que atravessa os céus
pedra de gelo que sobressalta
e sou a mão que escreve
sou aquela a quem pouco falta
apenas os olhos teus
a descansar nos meus...
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