sábado, 29 de setembro de 2007

Política, hoje...

Chove... O que eu gosto destas primeiras chuvas, do cheiro que exala a terra molhada, de ver a chuva cá do lado de dentro.
Este foi um grande Verão, pensando bem.. À minha estação chegou gente muito interessante, daquelas pessoas que se demoram, que ficam e que voltam e que nos põem um brilho nos olhos.
Hoje também é um dia importante e essa importância tem a ver com uma actividade minha que nunca foi aqui aflorada... A política. O meu partido mudou de liderança e espero que para melhor, ainda não perdi a capacidade de acreditar que se pode melhorar. Pelo menos gostei de ver uma votação em que cada um pôde escolher quem queria e não fazer-se representar por um qualquer que votaria de acordo com sabe-se lá quê. Fico a aguardar. Continuo a achar que a política não é essa coisa que se vê para aí e que faz afastar tanta gente. A política é o serviço aos outros, e quando assim não é trai-se a sua essência.
Gosto desta chuva, algures por aí, anda alguém para quem os pingos de chuva caem na mesma cadência dos meus... É bom sentir isso.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

No meu castelo..

Tenho a sorte de escrever voltada para o meu castelo, o mais lindo do mundo e poder imaginar histórias de princípes, princesas, corcéis, batalhas.. mas mesmo que da minha janela se não visse o castelo e para quem não tem um castelo à vista... O nosso castelo é onde quisermos... A nossa fortaleza, aquela onde nos recolhemos, onde carpimos as mágoas, onde vestimos as nossas armaduras para enfrentarmos o mundo, onde nos despimos e somos apenas nós, protegidos pelas ameias. Às vezes construímos ameias tão altas que ninguém se aproxima da nossa fortaleza e armadilhas... E às vezes há quem passe e chega a nós com notícias de países e sentires longínquos e pensamos no que perdemos, em todas as pessoas, todos os princípes e princesas a quem não franqueámos o melhor de nós, que não nos enriqueceram com as suas novas.
Olho o meu castelo, penso-te, abro-te a porta. Vem...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Carpe Diem....

Às vezes estamos sossegadinhos... Andamos na nossa vidinha, com as coisas muito arrumadinhas nas prateleiras, satisfazemos as nossas necessidades básicas e "tá-se bem"...
Não temos grandes felicidades, mas também não temos grandes amargos de boca... Vamos andando!
Até que, sem esperarmos, alguém nos surpreende, até já conhecíamos... mas... Irrompe por nós, despenteia-nos por dentro, ficamos num alvoroço e já nada parece arrumado e tudo é revolução e ficamos divididos, sinto, não sinto, devo não devo...
E ficamos tão vivos, vibrantes...

Não resisto a colocar aqui um pedaço de texto duma grande amiga e escritora que me parece muito adequado:

"A dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.Sofre-se porquê?Porque automaticamente se esquece o que foi desfrutado e se passa a sofrer pelas projeções irrealizadas...por todas as cidades que se gostaria de ter conhecido ao lado de alguém que amamos, por todos os filhos que se gostaria de ter tido,por todos livros e silêncios que se gostaria de ter partilhado. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que quem nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento,perdemos também a felicidade.A dor é inevitável.O sofrimento é opcional...Vivam... "

sábado, 15 de setembro de 2007

Pancada!

Bem... Tanto tempo sem escrever e agora que recomecei apetece-me mais! É como se as palavras e os sentimentos se tivessem acumulado todo este tempo e agora queiram sair...
Escrevi no meu texto de apresentação neste blog que gosto de gente... E gosto mesmo. Agora apeteceu-me agradecer a todas aquelas pessoas que... me enriquecem, me incentivam, me estimulam... Ou que me puxam as orelhas, quando preciso!Tenho muita sorte de os ter na minha vida... Vocês sabem quem são. Bem hajam!

Estações do ano

Voltei à escrita, à escola, à rotina... E gosto. Muito. As férias passaram, lá fui para norte, para sul, cumpri os calendários, as praxes das férias.
Volto à escrita de manhã cedo, como gosto, com o ainda frescor da noite a entrar-me pela janela e o cheiro do Outono a insinuar-se já. Gosto destas alternâncias... Gosto do Verão quando é Inverno, anseio pelo calor, pelas roupas leves, pelo ar quente. Gosto do Inverno quando é Verão... lembro com nostalgia os agasalhos, a sensação de entrar na minha casa quentinha quando venho da rua, o estar a ouvir chover no meu aconchego.
E depois adoro a Primavera, que me faz sentir uma vitalidade especial, regeneradora. Gosto de ir para a minha serra, agreste, e sentir os cheiros da minha infância, apanhar aquelas plantas e flores que só lá encontro.
E desta altura do ano também gosto... O cheiro da terra seca molhada pelas primeiras chuvas de Outono, as cores dos campos, o anunciar de mais um ano.
Cá dentro também há estações... Nem sei muito bem nomeá-las... Mas sei sentir. Se o corpo caminha para o Outono, cá dentro é Primavera... Parece que as coisas ocuparam os lugares que lhes estavam destinados e de cada uma sobressai o melhor, o que mais gosto. Não quer dizer que não haja aborrecimentos, coisas que corram menos bem, mas deixaram de ser relevantes, não me azedam os dias.
Relevante é acordar todos os dias, abrir a janela e gostar ...