terça-feira, 18 de março de 2008

Porta aberta

Quem tiver coragem que me refreie,
Que me ponha um freio,
Uma mordaça,
E cale a voz que tenho em mim.
Tenho tempestades para dar
A quem se atrever a entrar,
Nas portas que abro aqui.
Quem quiser calmaria
É melhor nem espreitar,
Que não sou
Santuário ou oásis,
E a paz,
Não a encontram em mim.
Mas quem quiser ser vento,
Atravessar tempestades,
Subverter todas as possibilidades
Mergulhar sem saber profundidades...
A porta está aberta,
Pode entrar!

Encandescente, in"Bestiário",pág.68, Edições Polvo

1 comentário:

Anónimo disse...

Força.
Não deixe que lhe roubem essa força indómita que habita em si...

() José