Bem, hoje é que não faço ideia sobre aquilo que vou escrever… Observo a folha branca, espreito o castelo e nada! Tenho muitas ideias cá dentro, de coisas que vivi nesta semana, que sinto, mas nada me desperta a vontade de escrever. A minha folha é um enorme vazio, um pouco à semelhança da vida de muitos. Olhar para dentro e pensar no que falta é ver um branco maior que esta folha, ou um buraco negro…
Sai-se e entra-se em casa com o diabo do vazio às costas, trabalha-se, cumprem-se as rotinas, a vida tem um ar normal.
Conheço boa gente que, na ausência daquelas coisas que verdadeiramente enchem a vida de cor, se aturdem com muitas coisas pequenas, superficiais, correm, stressam, tudo para não terem tempo de pensar no que falta.
Preencher o vazio não é fácil. Ou porque implica revoluções que não há coragem de empreender, ou porque simplesmente nada há que pareça ser capaz de o ocupar.
Também há quem tenha a folha cheia de bonecos e cores e não lhe consiga descobrir beleza ou significado e tudo seja um frete permanente.
Tal como quase já enchi a minha folha sem dar por isso, também é fácil preencher vazios, sobretudo se isso depende da nossa vontade, tal como também é fácil perceber que por vezes a nossa vida já está preenchida, basta só valorizarmos o que temos.
Isso aprende-se, treina-se e quer-se. Basta mergulharmos em nós mesmos, à procura do nosso eu mais recôndito e ele preencher-nos-á.
Ás vezes é preciso um grande encontrão da vida para saborearmos cada aroma, cada brisa, cada momento e redescobrirmos o prazer de simplesmente viver… Não esperemos pelos encontrões, o tempo é precioso.
2 comentários:
De facto as pessoas nunca estão contentes com nada e quando acontecem imprevistos(um acidente,saúde)param e reflectem o verdadeiro sabor da vida!!!
Natália(biblos)
Oi minha amiga, pessoas como a minha amiga, têm sempre um Universo muito cheio repleto de tanta coisa bonita. Como diz e muito bem é só fazer a busca interior. Eu sei que sabe fazer isso muito bem.
Beijinho para si.
Maria Antonieta Mariano
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