A conselho e empréstimo de uma amiga, vi esta semana um filme chamado “Better than sex”, uma produção independente australiana que aborda uma história banalíssima, original como a humanidade: um homem e uma mulher conhecem-se numa festa e nessa mesma noite, têm sexo, vão para a cama, fazem amor, enfim, escolham a expressão que mais vos aprouver.
A história é simples e reproduz uma realidade que é cada vez mais comum. Cada vez mais homens e mulheres vivem sozinhos (não escalpelizando aqui os motivos), cada vez mais existem estas situações de “one night stand”, pessoas que se conhecem na rua, na noite, no trabalho, têm sexo e vai cada um à sua vida. Ou não.
As coisas não são assim tão simples… Nem no filme, nem na vida real! No filme aquilo que era suposto ser um encontro sem continuação entre duas pessoas solitárias, revela-se um encontro de duas solidões, que descobrem precisar mais que uma satisfação imediata de desejos básicos.
Tudo depende daquilo que cada um precisa para ser feliz…. E se o sexo por si só é uma das condições necessárias ao bem-estar humano, nós somos muito mais que carne…
Enquanto escrevo esta crónica ouço a velhinha música da Rita Lee “Amor e Sexo” e de facto, se muitas vezes os relacionamentos ainda seguem os trâmites tradicionais de empatia, conhecimento, amor e depois sexo, cada vez mais o modelo é, como canta a brasileira “Sexo primeiro, amor depois”.
Nestes domínios cada um sabe de si… e muito mais haveria a dizer…
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