domingo, 15 de novembro de 2009

Riscos

Neste silêncio sou só eu
Os meus pensamentos
Vão e vêm inquietos
E eu fecho os olhos
E deixo-os livres
Na alvura dos lençóis
Desenham arabescos
Linhas embrulhadas
Divergem
Convergem
Submergem

Emergem
Náufragos de mim.

2 comentários:

luiz alfredo motta fontana disse...

Um fato

Poetas, poucos por certo, adquirem tal densidade que se confundem com a própria poesia.

É como te vejo, ao mesmo tempo que confesso, o verbo a conjugar é ler,e te reler.

Maresia tua tradução é poética.

abraços!

António Carvalho disse...

Doloroso silêncio invadiu o mar!?
Não deixes as coisas boas submergir, pois os barcos salva-vidas estão cada vez menos operacionais.
Gosto da simplicidade das palavras, da sua verdade e dos medos de não viver o pleno da vida,bem expressas na tua poesia. Tenho medo da poesia(vida) que não faz caminho, aquela que espera sempre pelo comodismo.
Continua a oferecer aos nossos dias a tua doce e calma visão do Sol, mesmo que chova.(António Carvalho)