A vida passa na rua
observo-a desconfiado
vai com a cabeça na lua
não me vê aqui parado
Nesta esquina do teu bairro
espero o que nunca vem
anseio esse teu olhar
onde me sinto bem
Bem sei que não me anseias
Sem mim podes passar
preso do que receias
enredado no meu penar
é por isso que canto aqui
é por isso que canto assim
alto para me esquecer de ti
triste de não estares em mim
Mas a vida que ali vai
leva segredos calados
os meus olhos tristes
seguem-na de ti fadados
quem sabe nessa ruela
onde te espreito passar
meus olhos sejam a tua tela
e em mim te venhas mirar
nesse supremo momento
a quimera seria realidade
todo eu frémito e sentimento
todo eu desejo e felicidade.
1 comentário:
Eu sabia. Dons variados. Uma boa poetiza popular também.
Beijinho e gostei.
Maria Antonieta
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