quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Alforria

Não gosto de imposições
Nem de teorias
Nem de bajulações

Não gosto de prisões
Nem de gaiolas
Nem de grandes salões
Nem de grandes figurões

Não gosto de filosofias
Nem de certezas
Nem de realezas
Não tenho fobias

Gosto de rir com gosto
Do sol no rosto
da praia marinha quando
é Agosto

Da lua na rua
Do quente do lar
de te sentir meu par
quando a palavra é nua

Gosto dos meus botões
quando rimam com as minhas solidões

E gosto do meu quintal
coisa só minha
feudo meu ser
onde sou rainha...

5 comentários:

Susana B. disse...
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Daterra disse...

obrigado pela visita e parabéns pelas palavras dançantes que aqui encontrei.

Lécio

Susana B. disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Susana B. disse...

Irene,
voltei...estive a reler o seu poema e tenho que lhe dizer que...me arrepiei (e não estou a exagerar). O Poema Alforria descreve-me. Sou eu. Há muito tempo que não me identificava tanto com um poema. Obrigada pelo excelente momento.
Um abraço.
Susana

Zica Cabral disse...

encontrei seu blog a navegar por outros. Gostei do que li (gosto de ir ao principio das coisas) e este poema, Alforria está fantastico. Bem construido, cheio de ritmo, consitente....e , tão junto da minha realidade.
Adorei mesmo
Zica