terça-feira, 30 de setembro de 2008

Quadras quotidianas

Mais um dia...
A luz a incidir no mundo lá fora
Parece tudo tão igual
E sinto-o tão diferente agora

A ilusão da vida simples
O apego ao que é "normal"
Nos meus olhos o filtro
com que observo o real

vou juntar-me à multidão
que labora sem cessar
No corre-corre do pão
Sem tempo para pensar

só nos meus olhos da alma
poderás ver a tristeza
Aí sou toda inteira
não finjo, nem que queira

aí todos os meus fracassos
todos os meus contentamentos
os meus sorrisos
os meus lamentos

Saio de cabeça levantada
Mergulho na vida que passa...

2 comentários:

prafrente disse...

"só nos meus olhos...
aí não finjo. nem que queira."

De facto os lábios "mentem" mas os olhos NÃO...

Que imponência do castelo e a beleza da serrania envolvente a continuem a inspirar...

Natália Bonito disse...

Desenham-se quadros na brandura
De um papel singular,
Surge a rima em doce candura
Forte desafio regular.

Parabéns por estas "Quadras quotidianas". Continuarei a visitar e comentar o seu canto que tanto de si promete oferecer.

Cumprimentos poéticos,

Natália Bonito