segunda-feira, 26 de maio de 2008

Abrigo-te

por entre as lembranças do sol
guardadas na pela morena
por entre o calor dos beijos
guardados no meu pensamento


sou pólen na tua primavera
gota límpida nesta vidraça
perfume na tua alfombra
brisa leve que passa


no mapa do teu sentir
deixa-me ser aldeia
casa de branco caiada
alpendre voltado ao sul
janela de azul
onde o teu coração abrigado
se espraia...

Fica-me ao fim da tarde,
por entre os hibiscos e as cerejas
entre os risos e as palavras
entre os beijos comungados,
murmuro...

Somos presente e passado
Somos seiva, sémen, sílaba
Na casa dos antepassados
Sabemo-nos a futuro.

7 comentários:

Anónimo disse...

Esta veia poética terá que ser melhor rentabilizada, pois nós gostamos incondicionalmente e procuramos sempre mais...
Vá lá,faça-nos crescer mais água na boca,deliciando-nos com os seus maravilhosos e sentidos poemas!!!
Estamos combinados?
Adérito.

Cristina Paulo disse...

Perco-me sempre na melodia oculta das tuas palavras...
Beijos meus

Carla disse...

descobre-se um amapa de sentires nestas belas palavras

Ricardo Silva Reis disse...

Gostei muito de te ler.
Começo a ter problemas de lotação no meu barco de poetas com peitos rasgados pelos ventos que inspiram as maresias... (já são tantos e tão bons...)
Continua que eu vou continuar a ver-te

pin gente disse...

obrigada pelas palavras


gostei muito do poema
beijo
luísa

Anónimo disse...

Olá,
...continuas a partilhar a poesia de uma forma muito expressiva.
Continuo a gostar do que leio.
Os ares da serra andam-te a fazer muito bem. Ou será os ares do Castelo? ;)
Beijo

Anónimo disse...

Olá:))
Quero agradecer a visita que fez ao meu blog assim como o seu comentário. Li com atenção as suas postagens e é um blog muito interessante que visitarei sempre que o tempo disponivel me permitir.

Bjs