Às vezes estamos sossegadinhos... Andamos na nossa vidinha, com as coisas muito arrumadinhas nas prateleiras, satisfazemos as nossas necessidades básicas e "tá-se bem"...
Não temos grandes felicidades, mas também não temos grandes amargos de boca... Vamos andando!
Até que, sem esperarmos, alguém nos surpreende, até já conhecíamos... mas... Irrompe por nós, despenteia-nos por dentro, ficamos num alvoroço e já nada parece arrumado e tudo é revolução e ficamos divididos, sinto, não sinto, devo não devo...
E ficamos tão vivos, vibrantes...
Não resisto a colocar aqui um pedaço de texto duma grande amiga e escritora que me parece muito adequado:
"A dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.Sofre-se porquê?Porque automaticamente se esquece o que foi desfrutado e se passa a sofrer pelas projeções irrealizadas...por todas as cidades que se gostaria de ter conhecido ao lado de alguém que amamos, por todos os filhos que se gostaria de ter tido,por todos livros e silêncios que se gostaria de ter partilhado. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que quem nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento,perdemos também a felicidade.A dor é inevitável.O sofrimento é opcional...Vivam... "
2 comentários:
Gritos da memória
SN
Gritos da memória? Não me parece, parece-me sim, um esvaziar de memórias, um hino a um novo amor.
Deixa-te ficar assim, despenteada, desarrumada...
:O)
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