sábado, 9 de maio de 2009

Castelo



agora que as chuvas marearam o pó


agora que o dia morre sombrio


agora que o silêncio toma a casa só


os pensamentos bailam no seu desvario





o castelo imóvel no céu recortado


assiste indiferente


ao ancestral bailado


viu entrar reis e rainhas

ouviu recitar ladainhas


sentiu desgostos e partidas


dores consentidas...






pouco importam os séculos

os ventos que o fustigaram

importam só as vidas.




E essas são secularmente iguais.



4 comentários:

Lídia Borges disse...

Gostei muito! Pela musicalidade, pelo ritmo e pelas vidas "secularmente iguais."

pedro oliveira disse...

clap,clap. gostei.

Maresia disse...

Lidia
Ainda bem que gostou..Volte sempre

Maresia disse...

Pedro Oliveira
boa... o nosso castelo é inspirador.