No correr dos dias seguidos
cinzentos nos movemos
guiados pelos sentidos
sedentos do que não temos
permanente insatisfação
que nos inquina os dias
cegos ao que nos dão
surdos a melodias
dias assim, de estagnação
em que tudo parece baço
em que tudo parece vão
em que questiono o que faço.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Abrigo-te
por entre as lembranças do sol
guardadas na pela morena
por entre o calor dos beijos
guardados no meu pensamento
sou pólen na tua primavera
gota límpida nesta vidraça
perfume na tua alfombra
brisa leve que passa
no mapa do teu sentir
deixa-me ser aldeia
casa de branco caiada
alpendre voltado ao sul
janela de azul
onde o teu coração abrigado
se espraia...
Fica-me ao fim da tarde,
por entre os hibiscos e as cerejas
entre os risos e as palavras
entre os beijos comungados,
murmuro...
Somos presente e passado
Somos seiva, sémen, sílaba
Na casa dos antepassados
Sabemo-nos a futuro.
guardadas na pela morena
por entre o calor dos beijos
guardados no meu pensamento
sou pólen na tua primavera
gota límpida nesta vidraça
perfume na tua alfombra
brisa leve que passa
no mapa do teu sentir
deixa-me ser aldeia
casa de branco caiada
alpendre voltado ao sul
janela de azul
onde o teu coração abrigado
se espraia...
Fica-me ao fim da tarde,
por entre os hibiscos e as cerejas
entre os risos e as palavras
entre os beijos comungados,
murmuro...
Somos presente e passado
Somos seiva, sémen, sílaba
Na casa dos antepassados
Sabemo-nos a futuro.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Abrigo
Deixa-me dizer-te
da chuva que cai miúda
sobre o meu coração
deixa-me contar-te
da torrente
que passa
deixa-me narrar-te
a história
que me contaste ao ouvido...
És chuva no meu sequeiro
calor no meu Inverno
És e abrigas-me.
da chuva que cai miúda
sobre o meu coração
deixa-me contar-te
da torrente
que passa
deixa-me narrar-te
a história
que me contaste ao ouvido...
És chuva no meu sequeiro
calor no meu Inverno
És e abrigas-me.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Farol
no meio da multidão
no labirinto da vida
perco-me em mim
espero um sinal
espraio a vista
na busca de um farol
que me alumie
que me mostre os escolhos
se me apareceres hoje
no meio da multidão
reconhecer-te-ei
ver-me-ei reflectida
no farol dos teus olhos
e guiar-me-ás
em ti
leme de mim
leme de nós.
no labirinto da vida
perco-me em mim
espero um sinal
espraio a vista
na busca de um farol
que me alumie
que me mostre os escolhos
se me apareceres hoje
no meio da multidão
reconhecer-te-ei
ver-me-ei reflectida
no farol dos teus olhos
e guiar-me-ás
em ti
leme de mim
leme de nós.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Partida
Era uma dia como os outros
Era uma vida como as outras
Sempre tudo tão igual...
Quem me leva?
Levem-me de férias de mim...
Já quase me não suporto
longe ganharei saudades
e quando me encontrar comigo
sentirei aquele vago contentamento
do reencontro com alguém querido
mas que passamos bem sem ver
esta vaga tristeza,
este estar alheio ao bem
voltarão....
Era uma vida como as outras
Sempre tudo tão igual...
Quem me leva?
Levem-me de férias de mim...
Já quase me não suporto
longe ganharei saudades
e quando me encontrar comigo
sentirei aquele vago contentamento
do reencontro com alguém querido
mas que passamos bem sem ver
esta vaga tristeza,
este estar alheio ao bem
voltarão....
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Escalada
No cimo da montanha
que se vê do meu coração
estás tu...
pujante, libertino, vivo...
Não grites...
Eu sinto-te...
Do cimo da montanha a nós
vai apenas a distância do querer
E queremos.
que se vê do meu coração
estás tu...
pujante, libertino, vivo...
Não grites...
Eu sinto-te...
Do cimo da montanha a nós
vai apenas a distância do querer
E queremos.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Ocaso
O resto do dia escorre
lentamente
nesta quietude
lá longe
o sol põe-se
alaranjado
amanhã surgirá de novo
vem-me aquela nostalgia
de quando o dia chega ao fim
e falta qualquer coisa
uma vaga orfandade
uma falta de porto,
de aconchego
Como se a minha casa
já estivesse em ti
Como se só tu tivesses a chave que abre a
fechadura reforçada
Como se o ar só entrasse
se tu abrisses as janelas
Como se só pusesse a mesa
de festa, quando viesses
Como se as fragrâncias só me chegassem
através dos teus sentidos
Já se pôs o sol
O dia desprende-se
e as trevas invadem tudo...
Ainda tenho a flor amarela na orelha...
Quero acreditar que o amanhã é um imenso campo de flores
amarelas e azuis.
lentamente
nesta quietude
lá longe
o sol põe-se
alaranjado
amanhã surgirá de novo
vem-me aquela nostalgia
de quando o dia chega ao fim
e falta qualquer coisa
uma vaga orfandade
uma falta de porto,
de aconchego
Como se a minha casa
já estivesse em ti
Como se só tu tivesses a chave que abre a
fechadura reforçada
Como se o ar só entrasse
se tu abrisses as janelas
Como se só pusesse a mesa
de festa, quando viesses
Como se as fragrâncias só me chegassem
através dos teus sentidos
Já se pôs o sol
O dia desprende-se
e as trevas invadem tudo...
Ainda tenho a flor amarela na orelha...
Quero acreditar que o amanhã é um imenso campo de flores
amarelas e azuis.
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