terça-feira, 13 de novembro de 2007

A menina dança?

Há coisas que, por mais que os anos passem e as modas evoluam nunca mudam, e uma delas é a necessidade que homem e mulher têm de se relacionar, de interagir…
A forma de entabular conhecimento é que tem vindo a mudar… Ainda me lembro daqueles anúncios da Crónica Feminina, que a minha mãe comprava todas as semanas, dos bailaricos de aldeia em que os rapazes convidavam as raparigas e assim se metia conversa, ou das saídas para as discotecas.
A internet é hoje o espaço privilegiado de encontros, conversas e namoros, destronando as formas tradicionais de estabelecer conhecimento. Nós estamos cada vez mais comodistas, mais absorvidos pelas nossas carreiras, profissões e falta de tempo, por isso quando chega ao fim do dia e finalmente chegamos exaustos a casa, em vez de sairmos bebermos um copo, lá nos sentamos com a nossa solidão frente ao computador e via msn, teclamos com os nossos amigos, colegas de trabalho, conhecidos, etc. Ou então podemos partir à descoberta de gente nova, cibernautas de nós, dos outros, dos sentimentos… À procura de algo que não se nomeia, mas que no fundo é comum a todos.
Assim proliferam sites de encontros, comunidades e, sobretudo, blogs, estes últimos das mais diversas naturezas… Sou uma leitora e comentadora assídua de alguns blogs, uns mais sérios, mais políticos, outros mais literários. Mas os blogs de mais sucesso, os que mais leitores cativam são aqueles que, dirigidos a homens ou mulheres, analisam as relações entre os dois sexos… Os textos que falam de amor, ciúme, traição, sexo são comentadíssimos e as opiniões aí expressas mostram que por mais que a técnica evolua não fugimos à nossa essência e que aquilo que é básico para nos sentirmos realizados como seres humanos não se altera…

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá,
...os padrões de vida exibidos pela cultura mediática são precisamente os mesmos que vigoram no quotidiano, conflito do casal, drama familiar, droga, problemas da idade, da segurança, da violência...o corpo assume definitivamente o seu papel de imperador, no império do efémero.

Um beijo