domingo, 28 de fevereiro de 2010

Volta

venho de longe
venho dos sítios breves
venho dos dias cansados
venho das noites curtas

voltei às palavras partilhadas
às sílabas intercaladas
em pensamento e silêncio.

deixem-me cultivar o tempo
das cerejas rubras
das águas plácidas
das alfazemas perfumadas

aí me derramarei
e nada mais serei
que um leve odor
que paira no ar.

2 comentários:

Anónimo disse...

...benvinda. Não perca o tempo.

luiz alfredo motta fontana disse...

Suave aroma


grato pela brisa que aprendeu o caminho de volta

densa poesia, intensa magia, e suave aroma

sem maresia, a mesma página, quedava com ar de mera paisagem