terça-feira, 4 de agosto de 2009

Textos de outros

Nas minhas deambulações pela blogosfera tenho pousos, num desses pousos encontrei isto... http://cortafitas.blogs.sapo.pt/3108392.html


"Do amor e do ciúme

Ponto prévio: tenho para mim que o amor estará condenado à partida quando for um fim em si próprio. O que não impede que possamos ter uma "relação" fantástica sem muito amor, ou até nenhum. O ciúme pode excitar a “relação” mas liquida o amor. Enaltecer o ciúme é como exaltar a desavença na perspectiva que esta acarreta uma lúbrica reconciliação. Ao amor feliz o que menos faz falta são efeitos especiais, sensações bombásticas, pólvora seca ou surround em 5.1. O amor feliz exige desprendimento, dádiva, e um conhecimento mutuo profundo. Que cada um conheça os caminhos do outro, as curvas e contracurvas, os poros, tonalidades, texturas e odores, todas as nuances da alma e do corpo. Tudo isto carece de tempo, muito tempo, e... confiança! Exige uma entrega incondicional, o sacrifício dos segredos mais profundos, vaidades e fraquezas. Exige muito amor.O ciúme é a parte da história em que o amor sucumbe à proeminência dum umbigo, quando vence em nós um predador ferido. O ciúme é presunção, ilusão de paixão, prenúncio de vazio: um paliativo existencial que oculta uma mortal solidão. O ciúme está sempre onde deveria estar mais amor. Como escreveu David Mourão Ferreira, um amor feliz não tem história. E no fundo, no fundo, isso até pode ser bom, não pode?"

4 comentários:

Francis disse...

isso é bonito de dizer, aliás todos sabemos a cena, agora quando a coisa começa a funcionar lá se vai o conehcimento acumulado.

Lídia Borges disse...

Uma boa escolha, este texto com ideias do senso comum bem expostas.

Um beijo

Cleopatra disse...

Muito bonito mas ...
Um amor feliz tem sempre história. E é doído também e discutido e amado e doce e amargo . Mais doce que amargo. Mais sereno que agitado. Mais verdadeiro que fingido. Mas é tudo isso.

Gostei.

Pecadormeconfesso disse...

Sorriso.