Nas minhas deambulações pela blogosfera tenho pousos, num desses pousos encontrei isto... http://cortafitas.blogs.sapo.pt/3108392.html
"Do amor e do ciúme
Ponto prévio: tenho para mim que o amor estará condenado à partida quando for um fim em si próprio. O que não impede que possamos ter uma "relação" fantástica sem muito amor, ou até nenhum. O ciúme pode excitar a “relação” mas liquida o amor. Enaltecer o ciúme é como exaltar a desavença na perspectiva que esta acarreta uma lúbrica reconciliação. Ao amor feliz o que menos faz falta são efeitos especiais, sensações bombásticas, pólvora seca ou surround em 5.1. O amor feliz exige desprendimento, dádiva, e um conhecimento mutuo profundo. Que cada um conheça os caminhos do outro, as curvas e contracurvas, os poros, tonalidades, texturas e odores, todas as nuances da alma e do corpo. Tudo isto carece de tempo, muito tempo, e... confiança! Exige uma entrega incondicional, o sacrifício dos segredos mais profundos, vaidades e fraquezas. Exige muito amor.O ciúme é a parte da história em que o amor sucumbe à proeminência dum umbigo, quando vence em nós um predador ferido. O ciúme é presunção, ilusão de paixão, prenúncio de vazio: um paliativo existencial que oculta uma mortal solidão. O ciúme está sempre onde deveria estar mais amor. Como escreveu David Mourão Ferreira, um amor feliz não tem história. E no fundo, no fundo, isso até pode ser bom, não pode?"
4 comentários:
isso é bonito de dizer, aliás todos sabemos a cena, agora quando a coisa começa a funcionar lá se vai o conehcimento acumulado.
Uma boa escolha, este texto com ideias do senso comum bem expostas.
Um beijo
Muito bonito mas ...
Um amor feliz tem sempre história. E é doído também e discutido e amado e doce e amargo . Mais doce que amargo. Mais sereno que agitado. Mais verdadeiro que fingido. Mas é tudo isso.
Gostei.
Sorriso.
Enviar um comentário