domingo, 30 de agosto de 2009

Banho

no silêncio do estio
que a bruma molhou
no vento me embrulhei

no arrulho do mar me deitei
com farrapos de espuma me teci


alma salgada de vento e de nada
alma lavada retoma a estrada

saibo-me a sal em cada pegada
agarro o leme em cada encruzilhada

deixo voar a gaivota
que enrolei na luz dos meus olhos...

1 comentário:

Carlos Gonçalves disse...

Maresia, quantas vezes procuro águas puras e virginais, para lavar o corpo sujo e a alma impura, mas apenas encontro águas poluídas, águas salgadas, em que me sujo mais e mais sedento fico.

Um beijo.

Carlos