segunda-feira, 7 de julho de 2008

Quadras sentidas

Vesti-me de dores e penas
compus a minha carapaça
sorriso afivelado nas cenas
indiferente à conversa que passa



As penas perderam-se no ar
Deixaram apenas a lição
Despi-as sem vacilar
Mais rico o coração

Batendo independente
Sem recear tempestade
Coração imprudente
Porque és assim verdade?

Despe-te de ilusões
nada anseies que não bater
a vida sem confusões
Sem dor para te acometer...

3 comentários:

Anónimo disse...

Ocorreu-me escrever sobre a dor que também me consome.
Ocorreu-me escrever sobre a impotência de um coração que se foi transformando em pedra, por força das quadras imperfeitas e sentidas do passado.
Ocorreu-me explicar o que não consigo explicar.
Ocorreu-me transformar penas numa colcha lilaz suave.
Ocorreu-me falar-te de intuições.
Ocorreram-me mil e um mundos de emoções que não faço desaguar, por incapacidade.
Fico-me por aqui:

"Chegar pelo poema, pelo olhar... E ficar assim... Plenos."

Desejo.

Do que não sou, a mim o devo.

prafrente disse...

as ilusões fazem parte da vida.Eu ainda as tenho...e espero tê-las ainda por muitos anos.Doem imenso;doem tanto que ás vezes pensamos não aguentar...mas ajudam-nos a crescer...em qualquer idade...

Força

Ricardo Silva Reis disse...

E como é dificil fazer quadras...
Muito bonito. Parabens
Beijinhos