Porque me dispo e não vês Porque te canto e não me embalas Porque te leio e não ouves Porque me dou e não abres as mãos Porque te acolho e não te recolhes
Aconteceu... E por me teres feito cego Recordo o sabor da tua pele E a calor de uma tela Que pintámos sem pensar. Ninguém perdeu, E enquanto o ar foi escuro Despidos de passados Talvez de lados errados Conseguiste me encontrar.
Foi dança Foram corpos de aço Entre trastes de guitarras Que esqueceram amarras E se amaram sem mostrar. Foi fogo Que nos encontrou sozinhos Queimou a noite em volta Presos entre chama à solta Presos feitos para soltar...
Estava escrito E o mundo só quis virar A página que um dia se fez pesada
E o suor Que escorria no ar No calor dos teus lábios Inocentes mas sábios... No segredo do luar. Não vai acabar Vamos ser sempre paixão Vamos ter sempre o olhar Ao nível de ninguém Dei-te mais...! valeu a pena voar...
Estava escrito E a noite veio acordar A guerra de sentidos travada num céu
Nem por um segundo largo a mão Da perfeição do teu desenho E do teu gesto no meu... Foi como um sopro estranho... ...e aconteceu...
4 comentários:
Poema muito melancolicamente bonito.
Um dia tudo mudará. Vais ver.
Beijinhos
"Porque me dispo e não me vês?"
Só pode ser porque anda cego... ou sofre de alexitimia.
Um texto curto mas muito profundo...tudo muda e tudo se altera ... mas para isso é preciso querer. Tu queres?
Beijos meus
Aconteceu...
E por me teres feito cego
Recordo o sabor da tua pele
E a calor de uma tela
Que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
E enquanto o ar foi escuro
Despidos de passados
Talvez de lados errados
Conseguiste me encontrar.
Foi dança
Foram corpos de aço
Entre trastes de guitarras
Que esqueceram amarras
E se amaram sem mostrar.
Foi fogo
Que nos encontrou sozinhos
Queimou a noite em volta
Presos entre chama à solta
Presos feitos para soltar...
Estava escrito
E o mundo só quis virar
A página que um dia se fez pesada
E o suor
Que escorria no ar
No calor dos teus lábios
Inocentes mas sábios...
No segredo do luar.
Não vai acabar
Vamos ser sempre paixão
Vamos ter sempre o olhar
Ao nível de ninguém
Dei-te mais...! valeu a pena voar...
Estava escrito
E a noite veio acordar
A guerra de sentidos travada num céu
Nem por um segundo largo a mão
Da perfeição do teu desenho
E do teu gesto no meu...
Foi como um sopro estranho...
...e aconteceu...
És fogo em mim,
És noite em mim.
És fogo em mim.
Toranja
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