segunda-feira, 16 de junho de 2008

Chuva

Agora que a chuva veio e nos molhou
vimo-nos assim:
os nossos corpos revelados

os nossos olhos difusos
perdidos
saudosos do calor

Vem Tempo!
Sopra-nos...
desfolha o nosso íntimo

E as nossas penas serão
leves
breves
como o canto das aves do paraíso.

9 comentários:

Ricardo Silva Reis disse...

Poema muito bonito, sentido.
Parabens. Vou voltar com toda a certeza

Narrador disse...

"Todo o Teu Poder"

mar disse...

e gosto da simplicidade do teu cantinho. de tomar um chá na tua casa e viver... aqui vive-se.
um beijo em ti*

Eu sei que vou te amar disse...

Chuva que nos molha e enaltece a vontade de revelar a nossa nudez de sentimentos!
Profundo, lindo;)
Beijo doce

pin gente disse...

as curvas do teu corpo revelam-se entre pregas de tecido molhado
a cor da tua pele e as saliências que te observo no peito
escuras, chamando meus dedos
não temos lágrimas nos olhos
nem saudades pendentes
temos apenas dois corpos ardentes
molhados pela doce tempestade


abraço
luísa

luis lourenço disse...

Gostei imenso da última estrofe...porque a musicalidade que contém a estimula a ser quase poesia- leve para o eu e para a fruição da liberdade- quase sempre fechados no castelo de si- sem um reencontro feliz com "isto" a que chamamos Mundo.

agradeço a visita

sorriso de poesia.

maria josé quintela disse...

cada sopro do tempo tem a sua estação...



obrigada pela visita.

Pedro Branco disse...

Não sei de tanto vazio quando em mim adormeço
Mal sinto o peso das memórias, dos tempos futuros
Calo-me, num grito que estremeço
Por sobre as ondas, por sobre os muros

Não sei dos caminhos fortes dos reflexos à tangente
Mal encontro as palavras de tanta procura
Fervo, no amor que se faz com toda a gente
Ritmo de cada lágrima, que ao cair perdura

Fénix disse...

Tão simples, mas... Parabéns pelo trabalho.
Bj