quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Chuva e passos

e ela veio
chegou pela madrugada
espraiou-se pela rua
escorreu-me
e eu
já nem sei
se sou maré
se calmaria
se maremoto

sou líquida
fujo-me neste pensamento
sou aquelas pernas que vejo
lá longe e cujo tronco ignoro
e será que interessa?

olho as mãos...
enquanto os ouvidos submissos toleram
e o sangue nas veias leva cada gota
que me sulcou

nunca entenderás
sou aqueles passos que se afastam
enquanto os copos tilintam.

5 comentários:

Zeze disse...

Olá
Quando os copos tilintam vezes a mais só temos que nos afastar...

Beijoka

Aderito Micaelo disse...

Ainda Bem que Chegou. Pois já Sentia Falta do Seu Espaço,isto porque me Interesso e Deleito nas suas Poesias e Prosas.Abençoada Chuva!
Mas Atenção Gostava de Mais Muito Mais...
Adérito.

PQ disse...

Abrandou a produção aqui nesta tertúlia mas vejo que continua a produzir uma poesia excelente.

pedro oliveira disse...

valeu a espera..
bj

Anónimo disse...

Bolas.... Tardou mas Primou.
A menina,( isto saiu-me bem com ar de Cascais)a menina não pode ficar tanto tempo ausente tá a ver?
Nós temos saudades.
Um beijo grande amiga.
Maria Antonieta