sexta-feira, 25 de setembro de 2009

saudades do frio

cansada dos meus cansaços
dormente no calor tardio
uso estes silêncios lassos

quisera que o vento frio me aconchegasse
já em casa no torpor das lãs e das tristezas
talvez me trouxesse certezas
talvez os meus próprios braços
me transmutassem em levezas

e o desencanto feito aconchego
e o frio feito casa do vento
e eu deitada no meu pensamento
à espera do que não vem

quero só ficar enroscada
na minha casca listrada
de riso, dor e luta.

9 comentários:

DIABINHOSFORA disse...

Que poema mais lindo...
Parabéns!

ana disse...

recolhida e encastrada, ao abrigo do frio e da chuva.
também tenho saudades do recolher.
parabéns pelas ideias em palavras!!

Anónimo disse...

Descansa, o frio chegará, e com ele o quentinho do sofá!

Bjos

prafrente disse...

Crise existencial ou imaginação poética?

Alegre-se !!! Dizem por aí que a Maria de Lurdes vai cantar para outra freguesia!!! A mim nada disso me apoquenta : sou apenas aluno!!!

Mas também já estou ansioso por um pouquinho mais de frio. Nem que seja para me arrefecer os ânimos...

Boa semana

pedro oliveira disse...

Só para deixar um bj e desejar uma excelente semana.

Joco disse...

Maresia, para quando uma colectânea?
As boas mensagens devem perdurar e para isso nada melhor que as palavras impressas.

VAP disse...

Maravilhoso!

Zeze disse...

Olá
Lindo Poema!!
Mas o frio já ai está á porta, já chove lá fora, e logo a noite no silêncio já ouvimos a chuva no telhado...

Beijoka

paulotpires disse...

belo...