alba
escorre da madrugada um fio da ternura da noite
teço-o com as palavras que gosto
e escrevo esta alba
deixo-a aí, onde repousam os sonhos
da tua noite.
agasalha-os com ela.
irene pereira 10 dezembro 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
na imensidão dos milhões
de grãos de areia dispersos
que formam este meu deserto
agrego-me.
vieram ventos dispersos
depois as águas
e o vento soprou-me...
há um vulto ao longe... miragem talvez...
são ruínas?são dunas? são castelos? são muralhas?
escrevo-me a sol e maresia e escolho o castelo sobre as dunas.
quero a miragem do castelo, quero essa viagem
à torre mais alta de mim.
não é preciso ser de marfim...
Quero pendurar a minha alma na ameia
mais sobranceira
quero-a dourada pelo sol, batida do vento, com sabor a relento.
qual fruta madura em época de colheita.
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