cansada dos meus cansaços
dormente no calor tardio
uso estes silêncios lassos
quisera que o vento frio me aconchegasse
já em casa no torpor das lãs e das tristezas
talvez me trouxesse certezas
talvez os meus próprios braços
me transmutassem em levezas
e o desencanto feito aconchego
e o frio feito casa do vento
e eu deitada no meu pensamento
à espera do que não vem
quero só ficar enroscada
na minha casca listrada
de riso, dor e luta.
9 comentários:
Que poema mais lindo...
Parabéns!
recolhida e encastrada, ao abrigo do frio e da chuva.
também tenho saudades do recolher.
parabéns pelas ideias em palavras!!
Descansa, o frio chegará, e com ele o quentinho do sofá!
Bjos
Crise existencial ou imaginação poética?
Alegre-se !!! Dizem por aí que a Maria de Lurdes vai cantar para outra freguesia!!! A mim nada disso me apoquenta : sou apenas aluno!!!
Mas também já estou ansioso por um pouquinho mais de frio. Nem que seja para me arrefecer os ânimos...
Boa semana
Só para deixar um bj e desejar uma excelente semana.
Maresia, para quando uma colectânea?
As boas mensagens devem perdurar e para isso nada melhor que as palavras impressas.
Maravilhoso!
Olá
Lindo Poema!!
Mas o frio já ai está á porta, já chove lá fora, e logo a noite no silêncio já ouvimos a chuva no telhado...
Beijoka
belo...
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