domingo, 9 de março de 2008

Não digas ao que vens. Deixa-me
adivinhar pelo pó nos teus cabelos
que vento te mandou. É longe atua casa?
Dou-te a minha: leio nos

teus olhos o cansaço do dia que te
venceu; e, no teu rosto, as sombras
contam-me o resto da viagem. Anda,
vem repousar os martírios da estrada

nas curvas do meu corpo - é um
destino sem dor e sem memória. Tens
sede? Sobra da tarde apenas uma
fatia de laranja - morde-a na minha
boca sem pedires.

Não, não me digas
quem és nem ao que vens. Decido eu.

Maria do Rosário Pedreira(a minha poetisa favorita)

2 comentários:

Maresia disse...

Houve aqui um problema técnico... E os comentários perderam-se... As minhas desculpas.

Narrador disse...

Fabulosas Palavras.

*